terça-feira, 6 de março de 2012

Crônica 2

Achava que sempre havia sido independente, independentemente de qualquer coisa. Era muito seguro se sentir assim e evitava uma série de confusões.
Dizia que não se importava em estar só, ou entre alguns poucos amigos. Era como se fosse a mesma coisa. Tinha sorriso fácil e parecia sempre feliz. Mas por detrás da neblina, via-se afogando em lágrimas e muita tristeza. Era fácil esconder dos outros porque, em todos os seus relacionamentos superficiais, a maior parte das pessoas simplesmente olhavam sem realmente ver.
Era como se usasse uma máscara o tempo todo como aquela imagem do palhaço alegre/triste. Se enchia de vazios sem fim. Frequentava lugares bons e ruins. Estava passando pela vida, com "achismos" e verdades absolutas que quase sempre, no íntimo do seu quarto escuro, se mostravam mentiras. Não sabia escolher bem com quem estar porque somente quando estava só é que conseguia se completar.
Estava andando em sua estrada quando teve um clique que fez com que começasse a observar melhor tudo à sua volta. Começou a reparar as pessoas e seus costumes e passou a se identificar cada vez mais com algumas atitudes. Negava quando as coisas eram negativas, mas no fundo sabia que não havia como se esconder. Tinha muitos e graves defeitos. Aqueles que eram somente seus, mas também eram de tantos outros.
Mantinha a casualidade das companhias por medo de alguém descobrir seus segredos, porque sabia que conviver significava estar de corpo e alma nus diante de outro alguém e isso era assustador. Quisera muitas vezes ler pensamentos para saber se era alguém desejável o tempo "quase" todo.
Fazia coisas que acreditava estar enganando bem demais a sua própria consciência, como se quisesse provar para si que não havia problema em desejar o que não se pode ter ou sonhar com o que não se deve.
Não sabia valorizar o presente e se pegava pensando em pessoas do passado, como se quisesse que o tempo voltasse, esquecendo-se porém dos motivos que nos afastam de alguém e que não é mera coincidência que nem todos continuam presentes para sempre. Às vezes é como se fosse "seleção natural" de pessoas.
Tentou, mas simplesmente não conseguia ser feliz.
Haviam dias em que tudo era mais fácil e nesses a dor parecia ser menor. E haviam outros dias. Dias em que a angústia e a dificuldade de ser, tomavam conta de todos os pensamentos e ações o que fizeram com que perdesse a vida da forma mais covardemente corajosa que se pode imaginar.
Enfim, acabou fazendo alguma diferença na vida de alguns, que lembravam de citar ser nome em algumas conversas sobre pessoas que parecem partir muito antes da hora certa.

seeeeeeeee yaaaaaa..

bjoO

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